O perigo do consumo excessivo de sal
- Dr. José David Kartabil

- 19 de dez. de 2019
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O sal de cozinha ou sal comum é um mineral formado principalmente por cloreto de sódio(NaCl), um composto químico pertencente à classe maior de sais.

O sal era, até o início do século XX um importante conservante alimentar. A tal ponto chegava sua importância, que foi até mesmo usado como forma de pagamento no período romano, sendo esta a origem da palavra salário.
Na indústria de alimentos, o uso do sal é um importante ingrediente na tecnologia de alimentos, inclusive nos doces, desempenhando diversas funções técnicas como: conservante, texturizador, aglutinador, controlador de fermentação e no desenvolvimento de cor.
O sal é uma substancia vital para os seres humanos; nosso corpo possui sais que são regulados pelos rins e pela transpiração. O sódio está envolvido na contração muscular, incluindo os batimentos cardíacos, nos impulsos nervosos e na ingestão de proteínas. O cloro (cloreto) preserva o balanço das bases ácidas do corpo, auxilia na absorção de potássio, é a base do acido do estômago além de auxiliar no transporte dos dióxidos de carbono das células até os pulmões, onde são liberados.
Entretanto, consumido em excesso, o sal provoca alterações nesses líquidos. Ele está por trás da hipertensão arterial, dos cálculos urinários (pedra nos rins) e da insuficiência renal, aumenta as chances de doenças auto-imunes, agrava a osteoporose, afeta o paladar e acelera o envelhecimento.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda o consumo diário de 5 gramas. No Brasil, o consumo de sal vai muito além do que é preconizado pela OMS, em algumas regiões, chegando ao consumo de 12 gramas/sal por dia.
Outra grande importância do consumo do sal é a adição de Iodo no sal. A fim de prevenir e controlar a deficiência de iodo, a OMS e o Unicef, recomendaram a iodação do sal de cozinha como o método mais adequado e de menor custo.
No Brasil, a ANVISA, em atendimento à Política Nacional de Alimentação e Nutrição, o sal é o alimento selecionado pelo Ministério da Saúde para suplementar iodo à população. A quantidade de iodo que os seres humanos necessitam durante toda a vida é o equivalente a uma colher de chá, porém, o iodo não pode ser estocado pelo organismo e deve ser ofertado em pequenas quantidades, continuamente. Embora não se deva consumir sal em excesso, porque ele pode trazer prejuízos à saúde, o consumo moderado e diário é essencial. Não usar sal iodado (sal enriquecido com iodo) ou usar sal para consumo animal (cujo teor de iodo não atende às necessidades do homem) pode ocasionar distúrbios por deficiência de iodo.





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