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Dia Mundial sem Tabaco - 31 de Maio

  • Foto do escritor: Dr. José David Kartabil
    Dr. José David Kartabil
  • 26 de mai. de 2019
  • 5 min de leitura

Atualizado: 27 de mai. de 2019


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Foto: Ilustração / freepik

O tabagismo, dentre todos os fatores ambientais do século, certamente é o mais desprezível e ameaçador de todos, representando o maior fator de risco para o desenvolvimento de tumores malignos, doenças pulmonares, doenças cardiovasculares, doenças cerebrais entre outras. Considerado a principal causa de morte evitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a mesma agência estimou que 100 milhões de mortes foram causadas pelo tabaco no século XX. O tabaco é o único produto legal que causa a morte da metade de seus usuários regulares. Isto significa que de 1,3 bilhão de fumantes no mundo, 650 milhões vão morrer prematuramente por causa do cigarro. O Brasil é o maior exportador e segundo maior produtor mundial de fumo para cigarros, depois da China. O Rio Grande do Sul é o estado que apresenta maior produção de fumo em folha, e Canguçu, no sul do estado é o maior produtor de tabaco do país há três safras. Lembrando que o cultivo do tabaco expõe trabalhadores rurais a uma grande variedade de agrotóxicos aumentando o risco de manifestação de efeitos agudos e crônicos à saúde, como transtornos mentais e câncer. A OMS classifica o tabagismo como uma doença, com características de se desenvolver ainda na juventude (doença pediátrica), ser crônica, ser recidivante (sujeita a várias recaídas até a pessoa parar definitivamente), ser tratável (é possível se livrar do tabaco) e ser evitável (é possível prevenir o seu uso). O tabagismo é considerado uma pandemia, pois não poupa nenhum país, etnia ou classe social. Todavia, esta situação é desigual, pois enquanto tem caído o consumo nas camadas de maior renda e acesso às informações e serviços de saúde, as camadas mais pobres da população, nos menos escolarizados, nos que vivem no meio rural e, nas mulheres, está se concentrando a maior prevalência de fumantes. A forma mais comum de usar o tabaco é através do cigarro, existem também charuto, cachimbo, rapé, narguilé e, mais recentemente, o cigarro eletrônico. Fumar não faz mal à saúde somente daqueles que fumam. A fumaça produzida pelo cigarro prejudica até mesmo quem não fuma e os coloca na condição de tabagismo passivo, que também aumenta o risco de câncer de pulmão, infarto e doenças respiratórias. As crianças estão expostas no ambiente doméstico quando têm pais ou responsáveis que fumam dentro de casa. Elas adoecem mais de infecções respiratórias e alergias, correm risco de morte súbita da infância e aumentam as chances de se tornarem fumantes na idade adulta. A gestante, mesmo que não fume, mas esteja exposta à fumaça, coloca em risco a gestação e a saúde do bebê. Segundo a OMS o tabagismo passivo foi a terceira maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e para o consumo excessivo de álcool. Todos os anos sete milhões de mortes são causadas pelo tabagismo, e há um custo global em saúde e perda de produtividade para os governos de 1,4 trilhões de dólares. No Brasil, 428 pessoas morrem por dia por causa da dependência a nicotina. 56,9 bilhões de reais são perdidos a cada ano devido a despesas médicas e perda de produtividade, e 156.216 mortes anuais poderiam ser evitadas. O maior peso é dado pelo câncer, doença cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Das mortes anuais causadas pelo uso do tabaco: 34.999 mortes correspondem a doenças cardíacas; 31.120 mortes por DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica); 26.651 por outros cânceres; 23.762 por câncer de pulmão; 17.972 mortes por tabagismo passivo; 10.900 por pneumonia; 10.812 por AVC (acidente vascular cerebral). Ao fumar, são liberadas no ambiente cerca de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes. O alcatrão é composto de mais de 40 compostos cancerígenos. Já o monóxido de carbono (CO) em contato com a hemoglobina do sangue dificulta a oxigenação e, consequentemente, ao privar alguns órgãos do oxigênio causa doenças como a aterosclerose (que obstrui os vasos sanguíneos). A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) droga psicoativa que causa dependência. Ela também aumenta a liberação de catecolaminas, que contraem os vasos sanguíneos, aceleram a freqüência cardíaca, causando hipertensão arterial. O tabaco também tem relação com a impotência sexual e infertilidade masculina pois, segundo estudos, prejudica a mobilidade do espermatozóide. Os mesmos prejuízos também são atribuídos ao cachimbo e ao charuto. O Dia Nacional de Combate ao Fumo é celebrado anualmente em 29 de agosto, foi criado através da Lei Federal nº 7.488, de 11 de junho de 1986, que tem como proposta alertar a população sobre os malefícios advindos do uso do fumo. Atualmente no nosso país, um outro problema grave e negligenciado pela população e autoridades, sao as marcas piratas, contrabandeadas (cigarro do Paraguai) algumas análise realizadas mostram que eles têm uma quantidade de chumbo (metal extremamente tóxico) 116 vezes superior à encontrada nas vendidas legalmente no Brasil. A quantidade de nicotina presente no tabaco paraguaio também é espantosa: chega a ser de 10 a 20 vezes superior à do produto original. São encontrados pelos de animais, terra, areia, vestígios de plástico, restos de insetos, colônias de fungos, ácaros e metais cancerígenos como chumbo, cádmio, níquel, cromo e manganês. Outro fator atual que gera preocupação é o consumo crescente do Narguilé no Brasil, sobretudo entre jovens do Sul e Sudeste, cada sessão de 20 minutos equivale a cem cigarros, certamente terá um fator importante da etiologia dos cânceres e doenças cardiovasculares. Também não devemos esquecer dos cigarros eletrônicos, que tem menor concentração de nicotina e a pessoa que o utiliza fica exposta a uma quantidade menor de substâncias tóxicas, mas não é inócuo. Não quer dizer que o usuário está protegido de malefícios ou consequências. A indústria tem disseminado a ideia de que esse produto é uma alternativa que pode ser usada sem causar prejuízo à saúde das pessoas e, em alguns países, tem sido recomendado no tratamento daqueles que querem deixar de fumar. Porém, o cigarro eletrônico possui substâncias alergênicas, explosivas, teratogênicas, responsáveis por malformações no desenvolvimento embrionário ou fetal,e cancerígenas. Muitas pessoas acreditam incorretamente que esses e-cigarros produzem apenas o vapor de água, quando, na verdade, eles criam aerossóis que contêm substâncias químicas nocivas e partículas ultra-finas que são inaladas para os pulmões. Por isso o abandono do cigarro é muito importante, lembre-se que nunca é tarde para parar de fumar. O tabaco é sem dúvida o grande mal do mundo moderno, o governo aumenta cada vez mais a restrição do seu uso através da elevação dos impostos, limitação à propaganda, e restrição ao hábito em âmbito social, além de proporcionar maior investimento em programas anti-tabagismo para que a população brasileira consigam com segurança parar de fumar de forma definitiva. Fontes:

WHO Tobacco.

PINTO, M; Bardach, A; PALACIOS, A; BIZ, A; ALCATRAZ, A; RODRIGUEZ, B; AUGUSTOVSKI, F; PICHON-RIVIERI, A.Documento técnico: Carga de doença atribuível ao uso do tabaco no Brasil e potencial impacto do aumento de preços por meio de impostos. Documento técnico IECS N° 21. Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria, Buenos Aires, Argentina. Maio de 2017. Disponível em: http://www.who.int/tobacco/publications/surveillance/trends-tobacco-smoking-second-edition/

 
 
 

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