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Câncer de Pênis

  • Foto do escritor: Dr. José David Kartabil
    Dr. José David Kartabil
  • 3 de mai. de 2019
  • 4 min de leitura

O câncer de pênis acometem em geral indivíduos com mais de 50 anos de idade, embora possa atingir também os mais jovens e são atribuídas como causas: as altas taxas de infecções sexualmente transmissíveis, principalmente do vírus HPV (16 e 18, que são mais oncogênicos), má higiene e a presença de fimose.

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Foto: Divulgação / Reprodução internet

Existem estudos científicos da associação familiar com o câncer de pênis. Alguns estudos demonstraram risco de 2 a 17 vezes maior de apresentar a doença em filhos de portadores de câncer de pênis, entretanto nenhuma alteração genética foi identificada como responsável até o presente momento.

É um câncer raro em países desenvolvidos, contrariamente ao que ocorre em regiões de baixo padrão socioeconômico. No Brasil é mais frequente no norte e nordeste, representando 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens.

De acordo com dados do Ministérios da Saúde, estima-se anualmente 1.000 cirurgias para o tratamento do câncer de pênis e aproximadamente 50% destes procedimentos são executados nas regiões norte e nordeste do país.

Infelizmente a maioria dos homens retardam a procura por atendimento médico devido ao medo, vergonha, falta de informação, preconceito, constrangimento ou dificuldade de acesso à serviços especializados, visto a alta incidência de tumores em estados avançados no momento do diagnóstico.

Mulheres de parceiros portadores de câncer de pênis têm maior tendência a desenvolver câncer do colo do útero. Pacientes portadores desse tumor têm qualidade de vida afetada pela lesão genital, que apresenta crescimento contínuo. O tumor exala mau cheiro e secreções que incomodam sobremaneira. A evolução desse quadro é dramático e marginaliza o paciente e sua companheira.

A lesão, quando não tratada, progride localmente, destrói o pênis e se espalha pelo corpo. Quando apresenta metástases (tumores a distância), a morte ocorre em geral dentro de um ano.

Na fase inicial o tumor tem cura e, por essa razão, o diagnóstico de lesões no pênis deve ser feito precocemente.

Um dos sintomas mais comuns do câncer de pênis é alteração na pele do membro. Além das possíveis mudanças na coloração e na espessura, pode surgir algum tecido de cor avermelhada e aveludada ou lesões de cor marrom.

Alguns homens podem apresentar feridas com secreções constantes de cor branca e de forte odor, nódulos ou inchaços na área da virilha. Essas feridas podem surgir na glande (cabeça do pênis), na pele que a recobre (prepúcio) ou no corpo do membro. Manchas esbranquiçadas ou perda de pigmentação na glande também podem ocorrer.

A eritroplasia de Queyrat é uma lesão pré-cancerígena, caracterizada por uma machucado (ferida) que não cicatriza Quando aparece no corpo do pênis ou outras partes dos órgãos genitais, é denominada doença de Bowen. Geralmente, todos esses sintomas são indolores, o que retarda o diagnóstico.

Toda lesão peniana que não regride rapidamente com medidas habituais deve ser submetido à biópsia, para definirmos o diagnóstico.

Estabelecido o diagnóstico, deve-se avaliar a extensão da moléstia no corpo por exames complementares especializados e o tratamento instituído rapidamente. Este varia de acordo com as características locais e a presença/ausência de metástases. Assim, pequenas lesões podem ser retiradas ou cauterizadas e as maiores podem necessitar de amputações.

A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento e de cura. 


Reforçando: o diagnóstico precoce do câncer de pênis é pedra angular no prognóstico do câncer de pênis, possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como:


• Tumor ou úlcera em pênis na ausência de uma doença sexualmente transmissível ou persistente após seu tratamento.

• Espessamento ou mudança na cor da pele do pênis ou prepúcio.

• Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.


“Pode-se prevenir o câncer de pênis com medidas eficazes: higiene genital, prevenção de doença sexualmente transmissível (principalmente o HPV) e o tratamento cirúrgico de portadores de fimose” 


Como prevenir o câncer de pênis? Orientação do Ministério da Saúde

(Fonte: portal Ministério da Saúde)


Para prevenir o câncer de pênis, é necessário fazer a limpeza diária do órgão com água e sabão, principalmente após as relações sexuais e a masturbação. É fundamental ensinar aos meninos desde cedo os hábitos de higiene íntima, que devem ser praticados todos os dias. A cirurgia de fimose (quando a pele do prepúcio é estreita ou pouco elástica e impede a exposição da cabeça do pênis, dificultando a limpeza adequada) é outro fator de prevenção. A operação é simples e rápida e não necessita de internação. Também chamada de circuncisão, a cirurgia de fimose é normalmente realizada na infância. Tanto o homem circuncidado como o não-circuncidado reduzem as chances de desenvolver esse tipo de câncer se tiverem bons hábitos de higiene. A utilização do preservativo é imprescindível em qualquer relação sexual, já que a prática com diferentes parceiros sem o uso de camisinha aumenta o risco de desenvolver a doença. O preservativo diminui a chance de contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus HPV, por exemplo.

Condições básicas de higiene são fundamentais para o cuidado da saúde, seja em homens, mulheres, crianças ou adultos. O uso simples de água e sabão pode evitar diversas doenças, entre elas o câncer de pênis. 

Além disso, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, há um crescente corpo de evidências que associam o Papilomavírus Humano (HPV) e o câncer de pênis. A vacina contra o HPV faz parte do calendário nacional e está disponível nas mais de 36 mil salas de vacinação em todo o país para meninas de 11 a 13 anos.

Estudos comprovam que os meninos são protegidos indiretamente com a vacinação do grupo feminino (imunidade coletiva), havendo drástica redução na transmissão de verrugas genitais entre homens após a implantação da vacina contra o HPV como estratégia de saúde pública.

 
 
 

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