Câncer de Bexiga e tabagismo

Foto: Pixabay / Divulgação

O sangue na urina, chamado por nós como hematúria é o primeiro sinal de alerta do câncer de bexiga. Às vezes, não existe uma quantidade de sangue suficiente para alterar a cor da urina, aparecendo apenas no exame de urina. Dependendo da quantidade de sangue, a urina pode ter uma cor alaranjada ou menos frequentemente vermelha escura.

O sangue na urina tem uma característica intermitente, isto é pode estar presente um dia e ausente no dia seguinte e assim a urina pode ser clara durante semanas ou meses. No caso de um câncer de bexiga, o sangue, eventualmente, reaparece. Normalmente, os estágios iniciais de câncer de bexiga causam pouco sangramento, pouca ou nenhuma dor e alteração na micção.

Sangue na urina não significa necessariamente ter câncer na bexiga. O sangue, frequentemente, pode ser causado por outros motivos, como infecção, tumores benignos, pedras nos rins ou outras doenças renais benignas.

Os sintomas são muitos inespecíficos, mas alteração na freqüência urinária, sensação de dor ou queimação ao urina, urgência em urinar, mesmo quando a bexiga não esteja cheia, diminuição do jato urinário, incontinência urinária, perda de peso, acende o alerta para a investigação urológica.

Estes sintomas também podem ser causados por uma doença benigna, como infecções, tumores benignos, cálculos na bexiga, bexiga hiperativa ou por aumento de tamanho da próstata, além de medicações, diabetes ou alguma patologia neurológica como a doença de Parkinson.

Um dos maiores fatores de risco para o surgimento do câncer de bexiga é o tabagismo.

Fumar produtos derivados do tabaco e que contenham altos níveis de nicotina podem aumentar o risco de câncer de bexiga. Ao fumar, o corpo processa as substâncias tóxicas presentes nesses produtos e excreta algumas delas pela urina. O acúmulo dessas substâncias nocivas pode danificar e prejudicar o revestimento da bexiga (Urotélio) aumentando, assim, o risco de a pessoa desenvolver câncer na região. Também produtos químicos como arsênico e produtos químicos utilizados na fabricação de tintas, borracha, couro, têxteis e produtos de pintura (relacionados com a ocupação profissional).

O Câncer de Bexiga mais comum em homens, brancos, idosos, que apresentaram outros tumores malignos, tenham história de quimioterapia e radioterapia prévias, além de doenças que provoquem inflamação crônica na bexiga, e é claro pacientes que já tiveram câncer de bexiga anteriormente, pois a recidiva é extremamente alta.

O Instituto Nacional do Câncer estima em 2018 de 9.480 casos novos, sendo 6.690 em homens e 2.790 em mulheres e com um número de mortes de 3.642, sendo 2.542 homens e 1.099 mulheres.

O diagnóstico é realizado pela história clínica, exame físico, exames laboratorias (sangue e urina) além de exames complementares de imagem (Ultrassom/Tomogragia) e exames mais invasivos como a cistoscopia com biópsia da bexiga.

Após o tratamento, o seguimento deve ser muito rigoroso, pois a caraterística desse tumor é a recidiva e progressão.

Por isso o abandono do cigarro é muito importante, lembre-se que nunca é tarde para parar de fumar.

Atualmente no nosso país, um outro problema grave e negligenciado pela população e autoridades, sao as marcas piratas, contrabandeadas (cigarro do Paraguai) algumas análise realizadas eles têm uma quantidade de chumbo (metal extremamente tóxico) 116 vezes superior à encontrada nas vendidas legalmente no Brasil. A quantidade de nicotina presente no tabaco paraguaio também é espantosa: chega a ser de 10 a 20 vezes superior à do produto original. São encontrados pelos de animais, terra, areia, vestígios de plástico, restos de insetos, colônias de fungos, ácaros e metais cancerígenos como chumbo, cádmio, níquel, cromo e manganês.

Outra fator atual que gera preocupação é o consumo crescente do Nargulé no Brasil, sobretudo entre jovens do Sul e Sudeste, cada sessão de 20 minutos equivale a cem cigarros, certamente terá um fator importante da etiologia não só do câncer de bexiga .