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Balanopostite

  • Foto do escritor: Dr. José David Kartabil
    Dr. José David Kartabil
  • 17 de out. de 2019
  • 3 min de leitura

A balanopostite consiste em uma inflamação da mucosa que recobre a glande peniana e do prepúcio.

Inicialmente decorre de uma infecção bacteriana ou fúngica, situada abaixo do prepúcio de indivíduos não circundados e devido à má higiene dos órgãos genitais. Esta última leva ao acúmulo de esmegma, que é a combinação de células epiteliais esfoliadas com gordura e óleo corporal, ambiente propício para a proliferação de patógenos (fungos, vírus e bactérias).

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Imagem: Freepik / Ilustração

O contato com substâncias irritantes, como as encontradas em produtos de higiene, sabonetes e cremes, bem como produtos farmacêuticos e tecidos que causam irritação e alergias, são outras causas comuns de balanopostite.

Além disso, doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, herpes simples, cancro mole e sífilis podem estar relacionadas ao surgimento deste quadro inflamatório ou ser o primeiro sinal e sintoma dessas doenças.

No entanto a causa mais comum é uma infecção fúngica aguda causada pela candida albicans. Não é considerada uma doença sexualmente transmissível, pois pode-se desenvolver sem a realização de penetração, embora o casal possa compartilhar a cândida durante o ato sexual. Há casos, porém, em que não se consegue determinar o que causou o problema.

Alguns fatores de risco estão associados ao surgimento deste transtorno, como é o caso da diabetes, devido à glicosúria, a obesidade, quadros de imunossupressão e o uso de antibióticos prévios de amplo espectro.

As manifestações clínicas incluem dor, calor local, irritação, prurido, descamação da mucosa e, em certos casos, pus e odor desagradável. Também é comum a presença de lesões ulcerativas em sua superfície, edema, estreitamento do canal urinário, dor para urinar e linfadenite inguinal.

O diagnóstico é clínico, associado com exames laboratoriais, quando necessário, visando identificar o patógeno que está causando a inflamação para poder estabelecer o diagnóstico etimológico e o tratamento mais adequado.

O tratamento fica na dependência do agente ou fator desencadeante da balanopostite. Quando há o estreitamento do prepúcio ou pacientes com “excesso de prepúcio”, levando ao impedimento da exposição da glande, dificultando a higiene e, consequentemente, aumentando a probabilidade de ocorrência de complicações, a cirurgia de fimose é uma opção.

Para prevenir o aparecimento desta desordem, a adoção de medidas adequadas de higiene da região genital é imprescindível. O uso de preservativos durante o ato sexual também é uma medida importante para evitar adquirir doenças sexualmente transmissíveis que podem levar à balanopostite. Roupas íntimas justas, molhadas e de tecido sintético devem ser evitados, pois também predispõem ao surgimento desta afecção.

A Balanopostite crônica aumenta o risco de : Balanite xerótica obliterante (Líquen Escleroso Atrófico), Fimose, Parafimose, Câncer.

A biopsia é um exame importante nos casos em que há suspeita de uma complicação maligna.


A balanite xerótica obliterante, é uma lesão específica, também chamada de líquen escleroatrófico, decorrentes de processos inflamatórios autoimunes, caracterizada por manchas esbranquiçadas na ponta da glande que podem causar coceira e dor. A região afetada fica mais endurecida e vulnerável a sofrer rachaduras. O tratamento inclui aplicação de pomadas com corticóides. A progressão sem tratamento pode atingir a uretra e exigir cirurgias para correção das complicações.

A balanopostite recorrente é aquela inflamação que alguns pacientes apresentam periodicamente. Em geral, se o paciente não apresenta infecções e mantém boas práticas de higiene, considera-se que tais casos provavelmente têm origem autoimune ou traumática. Pode ser indicado o uso de cremes com corticóides, mas é essencial que se siga a orientação médica rigorosamente, pois o uso prolongado desse tipo de medicamento pode levar a fragilidade da pele da glande e facilitar infecções e inflamação persistentes, causando desconfortos e prejudicado inclusive a vida sexual. Dependendo do caso, pode ser indicada cirurgia de retirada da pele que recobre a glande (postectomia) mesmo que o indivíduo não tenha fimose.

Nos pacientes em que a fimose está presente, não se orienta a realização de massagens, visto que esse tipo de conduta não resolve o problema e, pior que isso, pode resultar em parafimose que é uma complicação da fimose e ocorre quando o indivíduo portador de algum grau de fimose consegue expor a glande, mas não consegue recobri-la, isto é, trazê-la de volta à posição original, e isto se configura uma emergência urológica, pois dificulta o fluxo sanguíneo no local, causando edema e dor.


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Imagem: Reprodução / Internet

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Imagem: Reprodução / Internet






Outro ponto fundamental em homens de meia idade e idosos que apresentam balanopostite aguda devem sempre ser investigados para diabetes mellitus, visto que a infecção genital por fungos é a alteração mais comum no homem diabético que ainda não recebeu este diagnóstico.

 
 
 

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