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Antidepressivos X Qualidade da vida sexual

  • Foto do escritor: Dr. José David Kartabil
    Dr. José David Kartabil
  • 3 de abr. de 2019
  • 3 min de leitura

Depressão é um transtorno psíquico que afeta pessoas de todas as idades. Caracteriza-se pela perda de prazer nas atividades diárias (anedonia), apatia, alterações cognitivas (diminuição da capacidade de raciocinar adequadamente, de se concentrar ou/e de tomar decisões), psicomotoras (lentidão, fadiga e sensação de fraqueza), alterações do sono (mais frequentemente insônia, podendo ocorrer também hipersônia), alterações do apetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite), redução do interesse sexual, retraimento social, ideação suicida e prejuízo funcional significativo.

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Foto: Ilustração / freepik

A Organização Mundial da Saúde projeta que a depressão será a segunda maior questão de saúde pública em 2020 e os antidepressivos são parte fundamentais no tratamento dessa importante e comum patologia, com inúmeros efeitos colaterais.

Um problema atual, da nossa sociedade é o uso dos antidepressivos de maneira descontrolada, para lidar com dificuldades, a melhora do humor e o aumento da tolerância em situações de conflito (alguns dos efeitos possíveis do consumo desse tipo de remédio), no entanto, acabam fazendo com que muita gente faça o consumo sem necessidade.

As drogas antidepressivas podem causar deterioração nos diversos níveis da atividade sexual, especialmente no desejo, despertar ou excitação, ejaculação e orgasmo. Alterações menos comuns podem incluir anestesia peniana ou clitoriana, dor orgástica, orgasmo associado com bocejos, priapismo, aumento da libido, orgasmo espontâneo e diminuição no volume da ejaculação.

Todos os antidepressivos podem provocar disfunções sexuais, enfatizando aqueles que atuam no sistema serotoninérgico, devido sua ação em nível do SNC.

Os antidepressivos de primeira geração são associados com a ocorrência de efeitos indesejáveis como sedação, ganho de peso, efeitos cardíacos e anticolinérgicos. Todavia, os ISRS e ISRN são os que mais apresentam efeitos adversos na esfera sexual, enquanto a dopamina melhora a função sexual, a serotonina inibe o desejo, a ejaculação e o orgasmo. Dessa forma entende-se o motivo pelo qual os Inibidores Seletivos de Recaptura de Serotonina (ISRS) podem ser importantes causadores de disfunção sexual. Em razão dessa alta incidência de disfunções sexuais provocada por esses fármacos, eles estão sendo utilizados em pacientes com ejaculação precoce, parafilias e excesso de libido.

Muitas vezes, queixas de diminuição da libido, ejaculação retardada, disfunção erétil e incapacidade de atingir o orgasmo são atribuídas, pelos próprios pacientes, ao uso de antidepressivos. Isso varia de pessoa para pessoa e também conforme o tipo de remédio usado.Na prática é difícil determinar se a causa da disfunção sexual é a própria depressão ou se são remédios. Quando as pessoas estão deprimidas, elas podem ser menos sociáveis e interativas e, claro, isso pode afetar a libido.

Os antidepressivos são as drogas mais relacionadas com a disfunção sexual feminina, são causadores de disfunção em 30% a 70% das pacientes, sendo a redução da libido e a anorgasmia ou dificuldade de atingir o orgasmo as queixas mais frequentes.⠀

Também há evidências clínicas de que alguns antidepressivos podem promover alguns paraefeitos raros, como hipersexualidade.  ⠀⠀⠀⠀⠀

Quem percebe a disfunção sexual como resultado do uso de antidepressivos costuma querer suspender o remédio. Antes de tomar esta decisão, é preciso ter cautela. Normalmente, as alterações no desejo sexual ou na experiência do sexo não são permanentes. Se você der um tempo para o remédio agir, em muitos casos, a situação pode melhorar.

Nos casos de disfunção sexual associada à depressão, é importante ouvir, também, a opinião do psiquiatra que prescreveu o medicamento. Ele pode, inclusive, ajustar a dosagem, trocar de princípio ativo, para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Nós Urologistas sempre investigamos em homens com Depressão a Andropausa ou Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino, também conhecida como “menopausa masculina”, ocorre uma redução na produção de testosterona e aumenta conforme os homens envelhecem. Quando essa redução na produção de hormônios começa a acontecer, diversas alterações no corpo humano também ocorrem, manifestando os sintomas da andropausa e a depressão é um sintoma importante e frequente que acompanha o quadro clínico, e o tratamento é com reposição controlada de Testosterona.

 
 
 

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